" vampiro sombrio"
rosas sangrentas !
noite sombria !
é noite de lua cheia , os vampiros estao atentos vao sair na madrugada em busca de sangue , apenas a procura de sangue !
madrugada fria e gelada imença escuridao na sacada
-ouço passos !
-pensei ter visto ele vindo em minha direçao
ele se jogou do 10 andar
o vampiro mais lindo e sangrento da madrugada
eu que sonhei, e planejei tanto essa noite , ele que me falava que em uma noite de lua cheia ia vir me roubar : me por em seu cavalo negro protegendo meu coraçao de tudo e de todos!
passamos noites planejando viver um para o outro e foi justamente em uma noite que mais precisei de vc , que vc me deixou
esqueçendo que a gente era dois corpos mais apenas um coraçao
*está é minha primeira incursão no site,adoro escrever e quem gostar pode dar seu up!
Sinopse: Bella Swan está passando as férias de final de ano com seu pai,arranja um emprego temporário na biblioteca
Nacional e durante um simples dia de trabalho, descobre um livro diferente de todos os outros, o diário de Edward Cullen, que lhe desperta
a curiosidade e o fascínio.
CAPÍTULO 1
CHEGADA
O aeroporto estava movimentado quando vi Charlie vindo em minha direção para mais uma temporada de férias,que eu passaria com ele.
Nos abraçamos e eu tentei mostrar que estava satisfeita,sorri e ele pegou minhas malas.Conversamos muito pouco até chegarmos ao carro,basicamente ele havia perguntado como
eu havia me saído na escola durante o primeiro semestre,respondi o básico e o previsível,tudo o que ele já sabia porque afinal de contas minha vida era tão monótona e previsível quanto a dele.
Passamos parte da viagem em silêncio, ouvindo uma música que tocava no rádio...Pude ver a vegetação densa se aproximando e me deprimi,eu adoraria ter ficado este período em Phoenix,aproveitando
o Sol na casa de praia do Phil,mas ele e minha mãe estariam viajando o tempo todo por causa do trabalho dele e era óbvio que eu não poderia ficar só naquela casa.Mas eu já estava resignada a passar as férias
no frio e desolador buraco verde que era Forks,a raiva não poderia transpor minha calmaria ensaiada,Charlie tinha de pensar que eu estava contente e isso bastava para mim,ver o meu pai feliz.
Arrumei minhas coisas no quarto e era entediante como tudo permanecia igual...Aquele estado parecia ter parado no tempo e a luz e energia de Phoenix sem dúvida estava há milhas atrás, respirei fundo e troquei de roupas,
vesti então algo mais quente pois o céu parecia desabar de tão pesado,as nuvens estavam escuras lembrando algodão sujo de grafite e a visão era nauseante.Charlie colocava a cinta do revólver pendurada no suporte perto da
porta e sorriu para mim quando nos reencontramos na cozinha.
-Com fome?
Fiz que sim e olhei em volta,abri a geladeira,vendo uma caixa de leite,meia garrafa de suco,alguns ovos na caixa e quatro cebolas cortadas pela metade,tornei a olhar para ele.
-O que tem comido?
Ele riu e guardou os jornais que olhou rápido.
-Não tenho comido em casa ultimamente, uns cachorros quentes são o bastante para um policial.
Enruguei o nariz imaginando a mesmice da alimentação de Charlie, e um lampejo de libertação me tomou de assalto: Eu poderia sair de bom grado para comprar alguma coisa
para o jantar,sair faria bem para mim...Respirar um pouco nem que fosse a umidade angustiante dali.
-Pai, eu posso sair para comprar alguma coisa.
-Vai cair uma chuva pesada Bella.
Olhei pela janela e vi que o céu estava mais leve agora, eu precisava dirigir um pouco para me distrair,mas a ideia de dirigir a viatura me arrepiou,seria totalmente proibido
e traria problemas para Charlie a filha dele dirigindo a viatura por aí levianamente indo fazer simples compras no mercado.O telefone de casa tocou e Charlie atendeu, um largo sorriso
Iluminou seu rosto até agora sem jeito.
-Billy?...Sim, sim...Lógico, venham logo é claro...o jogo começará às cinco e meia-ele riu e olhou para mim significativamente-não,ela ainda não viu...sim,pode deixar,te vejo mais tarde Billy.
Ele desligou o telefone e me levou para a porta.
-Venha, acho que você pode sim ir no mercado.
O olhei meio desconfiada quando chegamos na varanda.
-Pra onde estamos indo?-perguntei enquanto descíamos as escadas.
Ele me levou até umas árvores e lá estava uma picape antiga de vermelho desbotado, mas com certeza era um daqueles carros quase indestrutíveis de lataria daquele tipo que não se fabrica mais hoje em dia...eu olhei meio abobalhada,era uma picape antiga mas eu adorei para minha surpresa,corri para perto dela e entrei sentindo que o cheiro
do estofamento trazia nostalgia...senti um carinho enorme pela chevy,sempre me disseram que o apego pelo primeiro carro era algo tão pessoal que podia ser descrito como um primeiro amor,e naquele momento
eu entendia o porquê,Charlie viu meu contentamento.
-Gostou?
-Nossa, eu adorei pai...é simplesmente perfeito!
Saí do carro e o abracei por impulso,ficamos meio constrangidos por nossa dificuldade em externar sentimentos mas eu fiquei feliz por ele ver
que sua surpresa surtira o efeito que ele deve ter imaginado ao comprar aquela picape.Me entregou as chaves com um sorriso largo e piscou para mim.
-Vamos lá motorista, experimente.
O motor fez um barulho que ecoou pela floresta, mas eu não liguei...Era bom demais ter um carro só pra mim, diferente de Phoenix onde eu
dirigia o carro da minha mãe...Esse era todo meu e eu sentia vontade de dirigir mais do que quando cheguei.Charlie parou perto de janela e me deu um dinheiro que ele tirara do bolso.
-Compre algo para o jantar, assim você aproveita o caminho e testa sua nova picape.
-Obrigada pai,eu volto logo.-sorri, ele entendeu que meu obrigada globalizava a permissão e o presente.
Manobrei e peguei a estrada,cheguei ao mercado sem problemas,afinal Forks era bem previsível e o mercado não tinha muita variedade,mas era o suficiente para
se buscar o necessário,comprei algumas coisas e me peguei assobiando enquanto escolhia os produtos...eu estava contente em estar ali?...Peguei-me rindo comigo mesma
pela ironia,talvez não fosse tão ruim assim,talvez minhas férias fossem melhores do que eu estava pensando no avião.Vi que precisaria de uma cestinha para escolher as coisas e fui para a pilha perto do final do corredor,
quando tropecei nos meus próprios pés,cambaleando vacilante,consegui me estabilizar me apoiando no balcão e respirei fundo,me senti uma completa idiota quando um senhor meneou a cabeça ao sair da sessão de frios,provavelmente deve ter pensado
que eu usava drogas eu algo assim...peguei uma cesta e fiz as compras para o jantar,voltei logo para casa e Billy Black e Jacob seu filho caçula estavam lá.
-Hey Bells!-Jacob sorriu me ajudando com a sacola quando entrei em casa.
-Oi Jacob...quanto tempo!-o abracei ficando nas pontas dos pés.
-E então Isabella, o que acho do carro?-a voz de Billy me fez olhar para ele.
-É um carro ótimo.-respondi com um sorriso simpático.
-Sim...é um ótimo carro.-ele assentiu.
Preparei uns bifes com molho e assei umas batatas,Jacob me ajudou e ficamos conversando muito enquanto eu preparava
uma salada.
-Nossa Jake,você está alto...mais alto do que da última vez que estive aqui.
-Pois é.-ele sorriu meio desajeitado enquanto lavava uma tigela para mim na pia.
-Como vai seu trabalho como mecânico?
-Vou bem,até que estou me saindo melhor do que esperava.
-Que ótimo Jacob....isso me deixa feliz.
Ele me contou depois que a picape era do pai dele e eu quase deixei o prato cair no chão.
-Nossa...eu não sabia.
-Agora sabe.-ele riu enxugando as mãos grandes no pano de prato.
Tirei as batatas do forno,Jacob ajudou tirando o molho do fogo.
-Sabe Jacob,pensei em trabalhar por aqui nestas férias...não quero ficar trancada nesse verde nauseante
o tempo todo.
Ele riu da minha expressão e me olhou mais firme depois,parecia ter se lembrado de alguma coisa.
-EI Bells, espera um pouco...em Port Angeles há uma biblioteca em que eu soube que estavam precisando de uma assistente,eu consertei o carro
da bibliotecária de lá e ela disse que precisava de alguém,talvez eu posso te indicar.
Sorri largamente, era tudo o que eu precisava,distração por um tempo até que as férias terminassem.
-Claro Jake, ia ser ótimo!
-E como eu sei que você adora livros ia ser até bom para você se distrair.
-Será que você não tem o telefone dela ou e-mail?
Ele riu da minha ansiedade e apalpou os bolsos,tirou dois papeizinhos.
-Não esse não...Esse aqui é do borracheiro, espere um pouco, eu acho que está por aqui em algum lugar...
não,este papel é do orçamento daquela caminhone...aqui está.
Ele me estendeu um cartão amarelo timbrado, nele havia o nome Norah Peterson, o telefone
e logo abaixo um e-mail de contato.
-Nossa Jacob obrigada mesmo, isso vai me livrar desse tédio que vai me assolar com certeza.
- O melhor de tudo é que você nem vai precisar dirigir tanto.
-Não importa.-pisquei para ele com cumplicidade.
Guardei o cartão no bolso da minha calça e continuei a temperar a salada ainda sem o tempero certo,Jacob foi um bom parceiro,me ajudando
a despejar o molho sobre os bifes,fomos para a sala onde o jogo de basquete soava alto,ainda pudemos rir quando Billy e Charlie,puseram as mãos na cabeça.
-Essa não, ele é cego ou quê?-Billy exclamou se remexendo em sua cadeira de rodas.
-...Cego e burro por sinal, deve ter manteiga na quadra, não é possível!-Charlie exclamou e Jacob deu uma risada divertida, servimos o jantar e eles comeram com apetite,devo confessar que minha primeira noite foi bem divertida,ainda mais por ter reencontrado meu amigo Jacob,
da última vez que nos vimos eu tinha uns doze anos e ele era bem pequeno,mas não nos falávamos muito e quando meu pai pensava que eu ia me soltar mais com as irmãs dele,aí é que piorava
pois ficávamos sem conseguir nos comunicar sob uma timidez e constrangimento declarados.Fui para meu quarto depois de um bom banho e tirei o cartão,precisava agora rápido.Olhei para o
computador idoso no canto do meu quarto e me desanimei em enviar o e-mail,decidi usar o telefone,seria mais rápido porém era tarde da noite e certamente eu assustaria Norah Peterson.Fui me deitar
mas a ansiedade pelo dia seguinte me fez rolar na cama,a chuva começou a martelar o teto lá fora e piorou minha falta de sono,assim que ela ficou mais branda e finalmente peguei no sono,o cansaço pela viagem
Finalmente se manifestava em meu corpo.
Capítulo 2
Achado
Amanheceu em Forks e o céu estava cinzento com algumas nuvens quando olhei pela janela, não havia chuva aparente, mas a neblina lá fora era bastante densa,eu mal podia ver o carro de Charlie lá fora,desci para tomar o café da manhã e Charlie já estava pronto.
-Bells, bom dia.
-Bom dia pai, já comeu?
-Sim, não se preocupe...Eu tenho que ir agora, eu soube dos seus planos da biblioteca e tudo o mais...Espero que consiga.
-Eu também pai.-sorri com o rosto ainda inchado de sono.
-Bom...Tenha um bom dia Bella, tranque a porta quando eu sair.
Ele saiu descendo as escadas e eu tranquei a porta,afastei a cortina vendo a viatura saindo.Comi um pouco de cereal e tomei um copo de leite Apressadamente,eu estava ansiosa.Lavei a louça suja e disquei o número do cartãozinho no telefone, uma voz simpática e amigável me atendeu:
-Norah Peterson, bom dia?
-Hum...bom dia,um amigo meu disse que vocês estão procurando uma assistente...
E logo eu estava contente,descendo pronta para meu carro,ajeitei o cabelo e joguei a bolsa no banco do carona,peguei a estrada e cheguei em Port Angeles em menos tempo do que pensei,
o melhor de tudo é que minha picape não havia desperdiçado tanta gasolina e eu teria o bastante para mais viagens,pelo menos era o que eu havia calculado antes de sair.Estacionei na vaga ao lado de uma van chocolate com um amassadinho
na lateral e entrei na biblioteca,era grande e as portas de vidro refletiam o movimento da rua,de modo que não dava pra ver o que acontecia lá dentro,entrei e vi as imensas prateleiras de volumes bem organizados,escadas móveis pelas imensas prateleiras,
algumas mesas em pontos estratégicos e uma calmaria reconfortante,vi algumas pessoas sentadas nas mesas de leitura,conferindo alguns livros e tinha umas duas pessoas nas escadas móveis,acessando as prateleiras mais altas...olhei em volta e encontrei o balcão onde uma senhora
loira de cabelos cacheados,na altura do queixo redondo estava sentada digitando o que quer que fosse no computador de tela de LCD,com certeza qualquer computador era mais moderno que o da casa de Charlie,me aproximei.
-Bom dia, senhora Norah Peterson?
Os olhos grandes e muito verdes sobre a pele rosada, se desviaram do computador para me olhar, um largo sorriso me aliviou um pouco, eu estava meio apreensiva.
-Sim minha jovem, sou eu...Em que posso ajudar?
-Eu sou Isabella Swan, eu lhe telefonei ontem me candidatando à vaga de assistente.
-Oh sim...-ela sorriu se levantando da cadeira para apertar minha mão.
-Bem...Considere-se contratada querida, preciso de seus documentos.
Sorri largamente dando meus documentos para ela, que se sentou tirando um formulário da uma pasta grossa.Naquele dia, ela me explicou o funcionamento da biblioteca.
e eu prestei muita atenção à tudo o que ela me passava,absorvendo todas as instruções,não era difícil e eu fiquei satisfeita por ter o que fazer na temporada de férias,e me senti
Sortuda por trabalhar com a sra.Peterson,ela me fazia sentir tranquila e à vontade.Comecei a trabalhar de verdade no segundo dia...ela me recebeu perto do balcão.
-Gosto de sua pontualidade Bella,isso lhe faz responsável...a maioria do jovens não são.
-Obrigada.
-Bem, hoje você vai catalogar para mim alguns volumes, vai ser simples...eu vou cuidar de alguns registros cancelados e qualquer coisa que precisar,estarei no balcão dando uma geral no computador certo?
Eu sorri satisfeita, guardei minhas coisas e recebi a folha com a orientação dela, caminhei a até o corredor 4B e o zelador, um homem de mais ou menos uns sessenta anos passava um spray entre as prateleiras.
-Bom dia.-cumprimentei.
-Bom dia jovem, bem -vinda.
-Obrigada.
Ele continuou passando o spray como um agricultor usando alguma produto anti-pragas,entendi que devia ser alguma prevenção anti-traças.Caminhei até a prateleira indicada e subi a escada móvel, fiz um impulso e ela deslizou até onde
a sra.Peterson havia me orientado,comecei a tirar uns volumes e empilhá-los numa cesta ao meu lado,havia uma obra e Voltaire que me fez ficar surpresa...era original,escrita pelo próprio....
"O que uma obra como esta faz por aqui?... isso é coisa que se vê no museu do Louvre." pensei.Haviam livros muito antigos,cuja impressão era feita por roletes,o clima antigo envolveu aquele momento e eu me senti muito bem...Era exatamente o que eu gostava
de fazer,descobrir livros e eu me considerei estar fazendo grandes achados.Desci a escada com cuidado e pus a cesta no chão, conferi cuidadosamente os volumes da lista e duas obras reeditadas de Mark Twain ficaram faltando, aquela prateleira estava com livros misturados
e até achei divertidos encontrar aquelas raridades todas e o meu dispor...Subi novamente e encontrei os dois livros dele que faltavam, ao puxar o segundo,um livro médio de capa marrom,escorregou e caiu lá embaixo com estrondo.O zelador que eu soube depois se chamar Bernie ,esticou o pescoço
para me olhar.
-Tudo bem aí jovem?
-Sim sr ,desculpe.
Ele saiu sorrindo, aposto que minha falta de tato já havia lhe divertido, desci rapidamente e pus os livros na cesta recolhendo aquele que havia caído, não constava na lista e eu o examinei.
A capa era de couro legítimo, num marrom terra e os detalhes das bordas eram em dourado meio apagado pelo tempo, o abri e as páginas amareladas denunciavam o idade daquela obra...Trazia uma caligrafia
charmosa e clássica,era um volume grosso e eu não soube explicar a atração que aquele livro me causou...Abri a primeira página e dei uma breve lida, o conteúdo era muito pessoal,narrado em primeira pessoa,a linguagem
era coisa do século passado.
"A eternidade parece atraente para as pessoas normais,nunca envelhecer,não ter mais medo de nada...escapar da morte
como se escapa da um dia de chuva intensa...tolos,gente tola e limitada,mal sabem a sorte que os brinda,mas sabem a sorte que tem por terem
escolhas o tempo todo,gente tola..."
Franzi o testa imaginando que talvez fosse mais um livro de poesias de algum pensador desconhecido,mas o restante do parágrafo foi me deixando mais curiosa.
“... eu não escolhi ser o que sou, mas entendo o que meu criador quis fazer por mim...hoje o chamo de pai,é assim que o considero,um mentor,um líder....
Confesso que o decepcionei muitas vezes, não conseguindo seguir seu estilo de vida.
Eu era apenas um garoto quando a gripe espanhola matou meus pais,minha única família em minha lembrança como humano...Meu sonho era ser um heroi da primeira guerra
Mundial, era este o sonho dos garotos daquela época, eu não pensava em mais nada naquele tempo, fui um bom filho pelo que minha lembrança nublada humana me deixa recordar...até que eu estava morrendo num leito do hospital lotado pelas vitimas da maldita influenza..Eu estava lá esquecido,um moribundo perto da morte...Agonizando,me agarrando aos fios de vida
que se partiam um a um...até que encontrei Carlisle Cullen, ele me disse ao ouvido que ia acabar logo e senti o que jamais esquecerei,seus dentes penetraram minha pele e o fogo
tomou meu ser...a dor foi algo que não se pode descrever em palavras...Meus olhos arregalados de terror puderam ver o sofrimento no rosto dele,o médico que era o vampiro que me transformou
no imortal...abri os olhos para uma nova realidade,enxerguei coisas que meus olhos humanos não era capazes de ver...Agora eu era um imortal, e teria dezessete anos para sempre...o primeiro rosto que vi
foi o de Carlisle,com uma expressão de boas-vindas que eu não entendia,era como se ele estivesse trazendo à luz um bebê,um recém nascido e mais tarde eu pude entender que vampiros
recém-transformados eram chamados de recém nascidos... Conheci em minha nova condição algo que eu jamais imaginaria sentir: A sede."
Meus olhos percorriam ávidos cada linha,aquele livro me atraia,me instigava e eu queria mais...era muito original.Me surpreendi viajando na narrativa fascinante daquele escritor
Misterioso, sacudi a cabeça acordando da distração e pus aquele livro debaixo do braço, levando a estante de livros para catalogar com a Sra.Peterson, foi uma coisa muito rápida, ela digitou os nomes no computador que através de um software,organizou
os livros e indicou a seção a qual deveriam ser postos.
- Muito obrigada Bella querida, Leve-os para a 5A por favor?
-Claro.-assenti, levando a cesta de livros para a seção indicada e não ficava longe, usei o carrinho no canto e logo eu cumpri a tarefa.Enquanto a Sra.Peterson não me chamasse, eu teria tempo de abrir aquele livro misterioso outra vez.
-Mais alguma coisa?-retornei ao balcão.
Ela sorriu e conferiu algo no computador, depois abriu uma ata grossa e tornou a me olhar, fechando a capa.
-Não, está tudo em ordem nas seções, me ajude a organizar estas fichas, por favor, estou meio enrolada aqui, tenho de enviar uns e-mails urgentes...E você como funcionária da biblioteca não precisa de cartão para levar livros para ler em casa, antes que eu me esqueça de avisar.-Ela sorriu.
Sentei-me numa mesa há uns dez passos de distância e de acordo com o que ela havia me dito,comecei a organizar umas fichas de registros em ordem alfabética,isso me tomou algum tempo mas me manteve distraída o bastante para não pensar sequer em tédio na parada e mórbida Forks.
O livro de capa marrom jazia no meu colo e eu o olhei com cobiça, ansiosa por ler logo o restante da obra...Terminei a tarefa e Sra.Peterson me dispensou.
-Bem Bella, por hoje é só, começamos bem não é?
Sorri satisfeita.
-Acho que sim.
Ela percebeu o livro em minhas mãos.
-Vejo que já gostou de alguma coisa.
-Oh sim eu ia pedir para...
-É claro querida, boa leitura e lembre-se que você pode levar o que quiser, desde que me avise ok?
Sorri cada vez mais gostando de ter conseguido o emprego de férias e a Sra.Peterson só tornava isso mais agradável para mim.
-Obrigada.
Nos despedimos e eu guardei o livro na bolsa, entrei na minha picape e antes do anoitecer eu já estava perto de casa. Fiquei pensando no nível intenso
e melancólico daquelas linhas...Era algo diferente de tudo o que eu havia lido na vida...Era tão forte e atrativo...Sem dúvida entre tantos livros conhecidos, um achado.
*continua..
CONTINUANDO....
CAPÍTULO 3
FASCINANTE
Quando cheguei, Charlie ainda não havia chegado e tive tempo de pôr uma lasanha no forno, eu agradecia por haver lasanhas semiprontas,eram uma ajuda e tanto,pus o casaco no encosto da cadeira e me sentei esperando ficar pronta,abri outra vez o livro e continuei de onde havia parado.
“A sede ensandecedora que aprisiona os vampiros em seus instintos mais primitivos, em seus instintos mais obscuros e malignos, era uma sensação horrenda, não era nada como a sede que os humanos sentem por água,era pior...
era uma ardência perturbadora em minha garganta...Comecei a matar pessoas sem ter controle dos meus instintos,sem ter controle de minha mente,Carlisle então me ensinou a ter autocontrole perto dos humanos,a caçar somente animais para controlar a minha sede interminável,e era cada vez mais difícil com o passar dos dias. E me mudei pela primeira vez para outro estado sendo apresentado no meio dos humanos que trabalhavam com Carlisle,como Edward Cullen o irmão mais novo do médico,o Edward Masen que morria
naquele hospital havia ficado para trás...A cada passar de tempo,tínhamos de nos mudar porque Carlisle nunca envelhecia e desta vez as pessoas começavam a comentar, suspeitando de algo estranho,ficamos no Kansas por dez anos mas a idade cronológica que carlisle dizia,35 anos,era incoerente com sua aparência e resolvemos nos mudar para outros lugares, e agora ele havia encontrado uma companheira,aquela a quem ele amaria para sempre,mantendo a paixão do primeiro dia,Esme...Ela me comoveu
de um jeito inexplicável...Ela já me amava me chamando de filho e eu me lembrava vagamente de minha mãe humana, Elizabeth Masen...Pouco tempo depois, revelei a eles que eu podia ouvir os pensamentos das pessoas ao meu redor, um segredo que guardei nos meus primeiros tempos como um imortal."
Eu arregalei os olhos, era fascinante e naquele momento entendi que aquele livro de capa de couro,era um diário,um diário
diferente de todos os que eu havia ouvido falar...Tinha um toque obscuro,sobrenatural e sem dúvida...Fascinante ,ler sobre aquele vampiro
cuja história me atraía,me instigava a ler mais,a pesquisar mais,a desvendar o mistério do tal Edward Cullen. Senti o cheiro do orégano invadindo toda a cozinha e
logo ouvi o timer do microondas anunciando que já estava pronto.Não demorou muito,Charlie já estava em casa tirando o cinto da arma e o colocando no lugar de sempre.
-Oi.-ele sorriu.
-Oi Pai,chegou bem na hora.-respondi,tirando a lasanha e servindo numa travessa média.
-Hum,parece muito bom,obrigada Bells.
E de uma forma muito natural,ele me deu um beijo no topo da cabeça e saiu para guardar a jaqueta,sorri vagamente e cortei uma fatia
pondo-a num prato.Jantamos tranquilos e desta vez foi um pouco diferente do nosso silêncio habitual da hora das refeições,nós conversamos sobre nosso dia
e tudo o que aconteceu no decorrer dele.
-E o que está achando de suas férias em Forks?
-Boas pais,achei que seriam mais...hum...paradas eu diria.
Ele ergueu uma sobrancelha,ele sabia que eu queria dizer a palavra "tediosas",mas se manteve natural,ele sabia que eu detestava Forks
para passar as férias,mas eu sentia que ele estava feliz por sentir que eu estava gostando de passar as férias ali,eu começava a sentir que talvez
me afastar da agitação da Califórnia tenha sido uma boa ideia.Ele percebeu o livro marrom num canto da mesa e o pegou.
-Vejo que anda trazendo trabalho para casa.-ele me sorriu,pondo o livro no lugar,para comer outro pedaço de lasanha.
-Quase isso,a sra.Peterson disse que eu posso trazer livros para casa sem necessariamente fazer cartão,mas para mim não seria problema
algum fazer registro lá.
Ele me olhou por algum tempo e eu me senti meio constrangida.
-O que foi?
-Bella...é só que...Como o tempo passou rápido,você está tão crescida e independente e decidida,só estou
meio admirado de ver quantas coisas mudaram desde que você era pequena.
Passei o garfo pela lasanha e cocei o nariz meio sem jeito,era bastante difícil conversar de forma sentimental com Charlie,
éramos péssimos nisso, fechados como duas conchas sentindo a mesma coisa e sem saber como externar,traduzimos tudo isso num sorriso
sincero.
-...e sobre o que é?-ele mudou de assunto,indicando o livro com um gesto de cabeça.
-Hum...é um clássico do século passado.-resumi sem saber por qual razão eu senti um toque de nervosismo, eu só não queria parecer uma pateta ingênua estando impressionada por uma história de um vampiro.Terminamos de jantar e eu lavei
rapidamente os pratos,ansiosa pra me trancar em meu quarto e me entregar à leitura do diário do misterioso Edward Cullen.Tomei um banho rápido
e vesti um pijama de flanela que ganhei de minha mãe antes de vir pra Forks,dei boa noite à charlie que assistia o canal esportivo e antes de abrir a porta
de meu quarto,a chuva já caía grossa no teto e o vento assobiava lá fora.
-Que ótimo...-resmunguei.
Fechei a porta e me deitei de bruços na minha cama,abri exatamente e onde parei,respirei fundo
como se fosse mergulhar num rio caudaloso.
"Os via juntos, perdidos nos olhos um do outro com o passar das décadas e agora estávamos na década derradeira,
os anos 20...fiquei sinceramente feliz por ver meu pai adotivo finalmente com a companhia ideal,a linda e angelical Esme,
lembro-me de termos comprado uma linda casa afastada da cidade e um presente de Carlisle me fez sentir que meu tempo infinito
teria alguma distração,e em homenagem à Esme,compus uma melodia para ela...uma melodia que lhe fizesse justiça,uma melodia que lhe
fizesse sonhar e viajar entro dos meu acordes dedicados.Carlisle fechava os olhos sempre que eu me sentava ao piano e Esme suspirava
com uma expressão que me fazia saber que a emoção lhe tomara de fato...eu gostava de vê-la feliz,foi neste momento que eu a chamei e mãe
sem me esforçar para fazer sua vontade,e ela me beijou a testa como minha mãe humana fazia...e então eu os adotei como minha família,
eram agora minha grande prioridade e resolvi ser forte o bastante para assumir sem pudores o estilo de vida de Carlisle,eu queria conseguir
isso por mim mesmo.Saí certa noite enluarada para conhecer o lugar e os pensamentos das pessoas eram os mesmos quase,a maioria deles pensavam
am dinheiro,tinham medo das epidemias que os jornais noticiavam na Europa...Alguns pensavam nas possibilidades de enriquecimento nas minas de diamantes,
mercado promissor na região,mas uma "voz" me pareceu mais grave e felina...era um homem alto e sujo,suas mãos estavam fechadas em punhos apertados,
seus pensamentos eram imundos sobre alguma mocinha que cruzava a calçada,pude ver em sua mente o rosto amedrontado da jovem...ela apressava o passo
e ele a seguia,seu sorriso era maligno e seu olhar brilhava de crueldade e pude visualizar na mente do imundo ladrão e assassino,o que ele pretendia fazer à
pobre noviça,pelo que pude conferir na mente amedrontada da indefesa garota,seu sonho desde sua meninice,se tornar uma freira.O segui até que ele encurralasse
a jovem.
Me escondi nas sombras perto de pilhas de lixo fétido e o vi cercar a noviça que tremeu a ponto de derrubar a cesta que portava.O sorriso
de dentes podres do assassino ficou largo ante o pavor da jovem,que gritou e ele a segurou pelo pescoço,prestes e realizar sua malícia...fui rápido e o derrubei sem que me vissem,
retornei às sombras e a mocinha correu para longe,recolhendo sua cesta,abrigando-se num bonde cheio de pessoas.Dei um passo em direção ao luar e ele,o assassino imundo cujo nome captei como sendo
Albert,se levantou cambaleante me fitando...seu hálito era de conhaque e aguardente.
-De onde diabos você saiu moleque?-ele disse.
Senti meus olhos arderem,faiscantes e cheios de ira pelo que eu vi em sua mente...senti uma ponta de desgosto comigo mesmo por desejar ter estado
antes que suas vitimas anteriores morressem pela ponta de sua faca.Fiquei ali parado e rosnei sentindo meu peito vibrar...meus punhos se fecharam e senti toda a minha força
Inumana tomar meu corpo todo...eu seria capaz de transformá-lo numa mancha no chão. Eu sorri sentindo que meus olhos agora eram duas brasas à meia-luz.
-...não devia ter se metido comigo moleque,vai se arrepender!
Ele sacou sua faca e avançou para minha direção...e eu desviei mais rápido que o ar,me postando por trás dele que se virou atordoado.
-Mas como você...
Sorri me divertindo, mas o ódio e um instinto de justiceiro ainda queimavam em mim.Ele veio correndo
com a faca,pronto para enterrá-la em meu estômago se eu fosse um humano,ele veio correndo e seus dentes podres
e amarelos como papel velho,estavam trincados...Foi muito rápido,o puxei pelo pulso e senti seu ombro esmigalhar-se sob meu aperto,
quebrei seu pescoço com um giro rápido no pescoço do assassino Albert...o joguei nas pilhas de lixo do beco mortal,enojado demais para alimentar-me daquele sangue imundo,saí caminhando pela noite escura e densa com um prazer maligno e ao mesmo tempo sentindo-me um heroi por ter garantido que moças como a inocente noviça
estariam seguras,e então assumi uma posição no enfado de minha existência:Eu era agora um justiceiro,um assassino de assassinos."
Suspirei arrepiada,minha mente deu voltas e voltas sobre o relato impressionante do vampiro Edward...ele trazia uma bondade que persistia
mais que seus instintos animais,ele possuía senso de ética dentro de sua condição sobrenatural...ele valorizava ainda o certo e o errado,mesmo sendo errante...
ele ainda mantinha uma esperança de se encontrar na existência a que foi condenado...comecei a sentir coisas estranhas,me peguei sentindo atração pelo sobrenatural,algo dentro de mim havia acordado,alguma coisa dentro de mim sentia uma atração por coisas das quais não há explicação concreta o bastante para serem aceitas,coisas das quais nosso
instinto humano temia por natureza...mas por incrível que pudesse parecer,meu medo se transformava em curiosidade e eu concluí estar fascinada por aquele diário e pelo seu autor.